Saudações Leitores, como eu escrevi no último post, falarei de algumas das experiências que tive com a Distribuição Fedora Linux, para escrever da Ubuntu trarei a experiência de um usuário desta distribuição. O bônus será a experiência que tive esta nesta semana com a instalação da Red Hat Enterprise Linux 7.
Resolvi escrever sobre a Ubuntu pois é atualmente uma das distribuições mais utilizadas. Como não sou usuário da Ubuntu, resolvi pedir ajuda para um conhecido que a utiliza a algum tempo, seu nome é Bohne e segue o seu depoimento:
“Minha experiência com Linux iniciou nos idos de 1992, quando instalei o Debian Linux. Era uma das primeiras versões que precisava-se fazer o download dos sites da USP ou Unicamp.
De lá para cá foram algumas distribuições e algumas nem mais existem: Conectiva, Gentoo, Slackware, SuSE, Fedora, RedHat, Mandrake…. e por aí vai!
Hoje estou utilizando o Ubuntu. Creio que continuamente já a uns cinco anos.
Minha escolha do Ubuntu se deve principalmente pela facilidade de instalação de softwares, pois tanto o seu gerenciador de pacotes no ambiente gráfico, quanto a instalação por linha de comando também é muito simples. Outro ponto forte desta distribuição é a existência de drivers para uma grande diversidade de periféricos: placas de vídeo, placas de rede, etc…
Com estas duas linhas mestras que caracterizam o Ubuntu, fico confortável para instalar as ferramentas com as quais trabalho no meu dia a dia, sabendo que os pacotes serão atualizados automaticamente.
Sei que existem outras distribuições com estas características, mas o Ubuntu é tão difundido mundo, que repercute positivamente na quantidade de informação disponível. Dificilmente deixaremos um problema sem solução.”
Sobre a distribuição que utilizo atualmente, a Fedora (versão 23), gostaria de iniciar pela instalação onde pode-se escolher entre os ambientes gráficos KDE ou Gnome, sempre utilizei o KDE (e ainda tem a minha preferência), mas para que eu tenha um aprendizado, na última instalação que fiz a alguns meses atrás escolhi o Gnome e não tenho tido problemas para utilizá-lo.
O Linux Fedora possui uma “loja” de aplicativos ótima com muitos programas para as mais diversas necessidades, entre eles destaco o Gimp (manipulador de imagens), Inkscape (editor de imagem vetorial), Blender (desenho 3d), Piviti (edição de vídeo), LibreOffice (suíte de aplicativos para escritório com editor de texto, planilha eletrônica, apresentação de slides, etc) e o Firefox (navegador web). Para quem gosta de se arriscar no shell (os famosos terminais de tela preta), você pode instalar seus pacotes também pelo comando “dnf” e incluir novos repositórios para aumentar as suas opções de softwares, mas é claro que isto vai exigir um pouco mais de conhecimento mas nada que seja “do outro mundo”.

“Loja” de aplicativos do Fedora Linux
Para mim a grande vantagem tem sido as atualizações constantes que tornam o meu sistema operacional sempre com as últimas novidades, isso pode ser um incomodo para alguns e até representar um risco de segurança, principalmente para as empresas, mas este fator não me incomodou até o momento, então sigo gostando e vendo este fator como uma vantagem. Estas atualizações representam o trabalho de uma grande comunidade que colabora com o Fedora Project da Red Hat, uma vertente de pesquisa e desenvolvimento comunitário para uma distribuição livre, e claro não sejamos ingênuos, que serve de base para a distribuição Red Hat Enterprise a medida que as soluções vão se tornando maduras o suficiente para o mercado corporativo.
É claro que nem tudo é uma maravilha e seguido tenho que colocar a “mão na massa” (ou no shell), mas mantenho a minha convicção de que o Fedora Linux é uma das melhoras distribuições tanto para os usuários que necessitam utilizar a internet, fazer um texto, uma planilha ou uma apresentação (tendo ótimas opções de softwares livres e de instalação fácil e simples), como para aqueles mais avançados (com todos os recursos necessários para ir além da interface gráfica). E antes que me perguntem, não tenho experiência alguma com jogos e não posso opinar sobre esta área, mas aceito comentários de quem tenha tido. Em resumo, gosto muito da distribuição Fedora, tudo que preciso fazer eu consigo com ela, principalmente no que diz respeito aos softwares que utilizo para o desenvolvimento de sistemas (Eclipse, PgAdmin, Android Studio, Arduino IDE, Postgres, etc).
Eu escrevi no início que o bônus seria eu comentar sobre a Red Hat Enterprise 7, também conhecida como a RHEL7, vou resumir como, “Porquê a RHEL7 não pode ser tão flexível como o Fedora?”. Achei uma versão engessada, com problemas para instalar aplicativos (muitos pacotes que são pré-requisitos não estão disponíveis nos repositórios), não há uma “loja” como no Fedora, você precisa botar muito a mão no shell para fazer algumas coisas funcionar e descobri que a licença para cada estação de trabalho é mais cara que uma para Windows, nitidamente a Red Hat está abandonando a distribuição com foco em desktop para centrar forças em uma distribuição para servidores. Não recomendo a nenhuma empresa utilizar a RHEL para desktop (como servidor ainda considero uma das melhores distribuições). Para as empresas que pensam em adotar o linux em seus desktops e estão dispostas a pagar para garantir um suporte, sugiro a SUSE Linux Enterprise Desktop.
Bem leitores, por hoje fico por aqui mas no próximo artigo pretendo relatar um pouco mais sobre a experiência de instalar o Fedora Linux, até a próximo.
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